quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Filme





Acordei hoje decifrando um filme que assisti ontem antes de dormir. Ultimamente estou tendo "overdose" de filmes franceses.
Sou um pouco suspeita, mas são sempre bons. Mesmo quando acho que são ruins.
O tal filme é: "Invasões Bárbaras".
É um filme cheio de paradoxos, emoções, nostalgia, vontade de viver, etc.
Tem uma parte que marcou muito o filme para mim.
É mais ou menos assim:
O ator principal está doente (muito doente) e algum médico "indica" pro filho dele que a heroína pode ajudá-lo. O filho resolve tentar e pede ajuda pros amigos do velho debilitado. Uma amiga dele tem uma filha e estas não se falam há tempos (acredito que seja porque a menina é drogada). Pronto! um "canal" para a droga procurada. A menina e o velho se conhecem nessa ocasião e trocam muitas idéias nas sessões de aplicação da HEROÍNA (aliás nome bem sujestivo para um velho que quer ser SALVO). Numa destas sessões ela pergunta à ele se ele está com medo (afinal, todos já esperavam que morresse cedo ou tarde). Ele responde que sim e que não quer morrer, porque ele gosta muito da vida. Ela sutilmente pergunta do que ele gosta, ele diz: mulheres, vinho (e outra coisa que não me lembro mais.) Inteligentemente a jovem pergunta se ele ainda pode ter relações com mulheres (não extamente com essas palavras), ele diz que na idade dele fica difícil, depois ela pergunta à ele se ainda toma os vinhos, ele responde que não pode tomar mais por conta de sua doença. Então concluindo ela diz: Então você gosta da vida que você TINHA e que não tem mais, essa vida que você gosta já morreu.

Para mim essa parte do filme foi crucial para a decisão do velho de aceitar seu estado e querer morrer, além claro... de vários outros aspectos.

Um comentário:

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