segunda-feira, 15 de março de 2010

Inveja mata os outros.


Até onde vai a inveja da gente?
Falo "da gente" porque por mínimo que seja, um dia TODOS NÓS já sentimos uma pontinha de inveja de algo ou de alguém.
O que mais me intriga é até onde essa inveja é "saudável" (se é que se pode ser considerada assim) e até onde ela ultrapassa os limites do bem comum. Quando trato de bem comum não falo só entre seres humanos, falo entre seres VIVOS!
Tudo bem que voar é algo que não está perto da capacidade humana e que todos nós um dia já tivemos um sonho voando, livres e muito muito felizes! mas quero entender qual o gozo de alguém cortar as asas de um ser que nasceu pra isso, PRA VOAR! e enjaulá-lo e apelidá-lo, achando que está sendo tão altruísta em criar animais.
O pior de tudo, cortar suas asas para que desse modo se torne INCAPAZ, ou seja, igual ao humanóide que cortou seu membro de liberdade.
Qual o crime que estes passerídeos cometeram para serem enjaulados?

Pois bem... acho que qualquer dinvidade puderia dar SIM asas a nós, pra que dessa forma, ao sermos enjaulados, além de sofrermos com a prisão possamos sofrer também com a dor de uma moléstia. Ao menos de acordo com a lei dos dignificantes HOMENS esta prisão teria que fazer o mínimo de SENTIDO.

E ainda tem gente estampando em postes a perda de um fiel amigo passarinho, como se "a coisa" que estão à procura, em questão fossem os bichinhos e não eles próprios.

Coitados de nós... inveja mata (o problema é que às vezes não é só a gente que "ela" mata).

segunda-feira, 8 de março de 2010

Feliz na cidade!



"O homem que diz "dou"
Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz "vou"
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz "sou"
Não é!
Porque quem é mesmo "é"
Não sou!
O homem que diz "tou"
Não tá
Porque ninguém tá
Quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha
Traidor!
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor...

[...]
Vai...
Que eu não sou ninguém de ir
em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor!!!

Amigo sinhô
Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha
Não vá!
Que muito vai se arrepender
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
DIZER!

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor!"

Vinicius de Moraes