sábado, 23 de março de 2013

Precipicio

Assim como o fim, o início é um indício de outro fim.

terça-feira, 12 de março de 2013

Gosto de sorrisos. Assim como nos olhos, nos lábios escondem ou revelam-se sonhos, interesses, tristezas, alegrias e desejos. O sorriso me permite perceber a sinceridade ou não da sua própria existência. Mas ele pode enganar. Não são tão transparentes quanto os olhos. Os olhos entregam mais. O sorriso SE entrega mais. Os dois, portanto se completam. Assim segue... percebendo as curvas labiais e ainda mais os olhares.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Louquinha

eu não posso ser louca sozinha ou pelo menos não gosto de ser louca sozinha. a minha loucura não é infundada ou pelo menos não pode ser. NÃO, NÃO PODE SER. um louco nunca é louco sozinho ou pelo menos não deveria ser. mas eu prefiro ser louca. me faz pensar.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Na Avenida ... ou não!

Corre pra ver. É carnaval, cidade. Não lembro exatamente qual foi o meu primeiro carnaval na rua, mas de uma coisa eu tenho certeza: eu e minha irmã éramos bem novas e acompanhávamos todo ano a nossa mãe, uma verdadeira foliã. Meu coração batia forte com as vibrações dos milhões de volts daqueles enormes caminhões passando na orla. Batia forte também ao ver aquelas milhares de pessoas pulando, correndo, dançando e gritando. O que me gerava um misto de alegria e medo de ser pisoteada. Anos vão e anos vem e minha mãe com a idade que tem (que se eu quiser continuar viva, jamais poderei revelar) continua com aquele sorriso enorme no rosto quando o carnaval se aproxima. Eu, que cresci com um bando de amigos roqueiros até já me envergonhei de assumir que ao acompanhar minha mãe eu, na verdade, me amarrava. Mas, hoje eu sou a primeira a me coçar toda para “descer” quando não posso viajar. Assumo que sair da cidade às vezes me cai bem, mas como diz a música de Baiana System “todo carnaval é na avenida e quem não gosta fica em casa, vendo na TV, pra quê?”. Em casa eu não fico. Entro no clima, ouço Ivete, danço com a Timbalada e canto muito com a Banda Eva (oh Saulinho, não se vá). Apesar de não ter mais aquela vergonha de assumir minha badalação carnavalesca, eu continuo vibrando mais ainda quando fico sabendo que o meu carnaval não será só regado a axé e pagode. Salvador tem se acostumado cada vez mais a ouvir no carnaval gêneros diferentes do comum à ocasião. Não é a toa que O Rappa já esteve aqui mais de uma vez lotando o bloco da Skol e eu? Claro que estava lá. “Valeu a pena, ê ê”. Muita coisa boa vem surgindo e conquistando o público daqueles que ainda gostam ou precisam ficar na cidade. O Microtrio é uma dessas novidades que no ano passado saiu no circuiro Barra/Ondina antes ou depois (não lembro ao certo) de Karina Buhr que aliás é mais um exemplo de diversidade musical no Carnaval. É só procurar, o circuito Batatinha do Pelourinho sempre traz muitas novidades de outros estados ou até mesmo daqui. Minha mãe ainda continua sendo dessas que não adianta falar: “são 4h da manhã, vamos para casa”, por que de dentro do arrastão do Psirico ela vai entender: “vamos raiar o dia aqui mamãezinha que eu amo!”. Os anos passam e minha mãe rejuvenesce a cada carnaval.